quarta-feira, junho 24
diário de uma vida a 3 - descrição do personagem B
Rapaz franzino e de poucos pelos. Inapto a extravagâncias, não precisa de nada além de um adidas velho, acesso ilimitado a todo o tipo de pornografia disponível na internet, música, macarrão e molho pronto. Teme as lacraias com a mesma intensidade que teme os relacionamentos amorosos duradouros. Assemelha-se ao personagem C por sua “facilidade” de adaptação ao mundo do trabalho e visão economicamente empreendedora.
quinta-feira, junho 11
diário de uma vida a 3 - descrição do personagem A
Sofre de uma espécie de mau humor crônico. É um perito na arte da escamoteação de projetos arquitetônicos mal elaborados. Destaca-se dos demais personagens por sua acentuada protuberância abdominal. Costuma compensar a falta de sexo por barras e mais barras de toblerone. Assemelha-se ao personagem B pela inocente esperança de reconhecimento tardio de suas habilidades musicais.
terça-feira, maio 26
diário de uma vida a 3
Este diário não é um romance. Este diário não é um conto. Este diário não é uma peça teatral muito menos uma novela mexicana.
Este diário não espera chegar a lugar algum. Este diário não tem por objetivo descrever acontecimentos reais, na verdade, este diário nem sequer é um diário.
p.s. Todavia, pequenas verossimilhanças com a triste vida de 3 pobres coitados não poderão ser negadas...
Este diário não espera chegar a lugar algum. Este diário não tem por objetivo descrever acontecimentos reais, na verdade, este diário nem sequer é um diário.
p.s. Todavia, pequenas verossimilhanças com a triste vida de 3 pobres coitados não poderão ser negadas...
segunda-feira, maio 4
a semana severina de Gabeira
Nada como um dia após o outro para "desenferrujar" e voltar a postar algo de interessante nesse blog... Mesmo que esse algo não seja meu!
"Assim a “elite branca”, como definiu o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo, ficará sem heróis. Na terra de ninguém chamada Congresso Nacional, a última bala perdida atingiu em cheio o neomoralista Fernando Gabeira (PV-RJ), porta-voz da indignação seletiva dos frequentadores dos calçadões da zona sul carioca e das ruas arborizadas de São Paulo. O deputado também cometeu o pecado venial do patrimonialismo e cedeu passagens pagas pelo Erário a parentes e amigos.
Preso à personagem (quem não se lembra do telecatch com um segurança do Congresso quando, ao lado do colega Raul Jungmann, o parlamentar tentou invadir a sessão que tratava da cassação do senador Renan Calheiros?), Gabeira não teve outra saída a não ser autoimolar-se em praça pública. Reconheceu o erro, declarou-se envergonhado e prometeu iniciar uma cruzada (Deus tenha piedade dos cruzados brasileiros) para moralizar o Parlamento. Recebeu, em troca, a condescendência que a mídia não tem dispensado a outros deputados e senadores que cometeram falhas tão ou menos graves.
Quem saboreou o gosto frio da vingança foi o ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PE). Em 2005, quando Severino elegeu-se presidente da Câmara, após uma articulação nos bastidores comandada por Fernando Henrique Cardoso, Gabeira fez um discurso à medida do intelecto do eleitor zona sul. “A sua presença na presidência da Câmara é um desastre para o Brasil e para a imagem do País”, bradou o parlamentar do PV. Hoje prefeito de João Alfredo, no interior de Pernambuco, Severino afirmou à revista eletrônica Terra Magazine: “A sociedade fica bajulando ele. Esta sociedade é que não está bem. Ele merecia o desprezo”."
p.s. Texto publicado na Revista Carta Capital - 29 de abril de 2009
"Assim a “elite branca”, como definiu o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo, ficará sem heróis. Na terra de ninguém chamada Congresso Nacional, a última bala perdida atingiu em cheio o neomoralista Fernando Gabeira (PV-RJ), porta-voz da indignação seletiva dos frequentadores dos calçadões da zona sul carioca e das ruas arborizadas de São Paulo. O deputado também cometeu o pecado venial do patrimonialismo e cedeu passagens pagas pelo Erário a parentes e amigos.
Preso à personagem (quem não se lembra do telecatch com um segurança do Congresso quando, ao lado do colega Raul Jungmann, o parlamentar tentou invadir a sessão que tratava da cassação do senador Renan Calheiros?), Gabeira não teve outra saída a não ser autoimolar-se em praça pública. Reconheceu o erro, declarou-se envergonhado e prometeu iniciar uma cruzada (Deus tenha piedade dos cruzados brasileiros) para moralizar o Parlamento. Recebeu, em troca, a condescendência que a mídia não tem dispensado a outros deputados e senadores que cometeram falhas tão ou menos graves.
Quem saboreou o gosto frio da vingança foi o ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PE). Em 2005, quando Severino elegeu-se presidente da Câmara, após uma articulação nos bastidores comandada por Fernando Henrique Cardoso, Gabeira fez um discurso à medida do intelecto do eleitor zona sul. “A sua presença na presidência da Câmara é um desastre para o Brasil e para a imagem do País”, bradou o parlamentar do PV. Hoje prefeito de João Alfredo, no interior de Pernambuco, Severino afirmou à revista eletrônica Terra Magazine: “A sociedade fica bajulando ele. Esta sociedade é que não está bem. Ele merecia o desprezo”."
p.s. Texto publicado na Revista Carta Capital - 29 de abril de 2009
quarta-feira, fevereiro 18
sem título
Choque de ordem, choque elétrico, choque de realidade. Cheque sem fundos, fundilhos, regularização fundiária. Ponto final, ponto de fuga, ponto de ônibus. Pernas bonitas, permissiva, persuasiva, pernóstica. Reencontro, despedida, desmedida, despudorada. Pouco tempo pra escrever, muita coisa pra pensar, quase nada pra dizer.
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