sexta-feira, janeiro 11

falando sério

Quando aos 10 anos me imaginava com quase 30, me imaginava diferente, acho que com mais cara de gente grande, do jeito que os adultos deveriam ser... Ter um emprego normal, uma casa normal, uma mulher normal [se é que isso existe], e quem sabe, até filhos normais!

Tenho quase 30 e não tenho nada disso, o que na verdade não me surpreende. Nunca me achei normal, nunca quis ser normal... Pessoas normais me cansam, e o retrato de uma vida normal me lembra a cena de um velório: choro, vela e a família toda reunida a minha volta...


A questão é que há pouco tempo me fizeram a seguinte pergunta:

“Porra, mas o que você quer fazer da vida?”

Sem pensar muito respondi:

“Quero ler uns livros, dormir 10 horas por dia, conhecer Machu Picchu, jogar futebol toda quarta-feira e voltar embriagado de cerveja e churrasco pra casa, onde ela vai estar me esperando pra me ouvir dizer que é a melhor e mais linda mulher que um jogador de futebol frustrado e bêbado poderia querer!”

Acho que não contavam com essa resposta, talvez com algo mais objetivo e idiota do tipo:

“Quero trabalhar com arquitetura e construir edifícios residências em concreto armado pra sustentar minha família e adquirir minha casa própria!”

Enfim, interpretaram minhas palavras como gozação, como piada... E o pior é que pela primeira vez na minha vida eu tava falando sério!


5 comentários:

Anônimo disse...

Eu te amo Cabelito!!

Anônimo disse...

Po, baluuuuco!
E o apezinho no Leblon!?

Anônimo disse...

cabelito,
é bom ler o que tu escreve!
um beijo

Lhéo disse...

Porra cabelito?

Construir edifícios? dever ser difícil!!

O lance é reforma em barraco de favela. Eu pensei que fosse fácil descolar trabalho nessa áreas, pois existem muitas favelas!!

Resultado, me lasquei!

cafeiina disse...

cabelito meofilho!