terça-feira, outubro 3

teoria da deriva - guy debord - 1958

A deriva, por definição, é o “modo de comportamento experimental ligado às condições da sociedade urbana: técnica de passagem rápidas por ambiências variadas. Diz-se também, mais particularmente, para designar a duração de um exercício contínuo dessa experiência”, distinta do passeio e da viagem turística. “Seria então o gesto largo de preambulação pela metrópole, gesto aparentemente superficial e sem compromisso, mas um estímulo ao exercício de perder-se na cidade para descobri-la”.

A deriva de Debord busca suplantar os métodos tradicionais e convencionais de apreensão do espaço urbano, assim como substituir a representação pela vivência de experiências pessoais, introduzindo um novo tipo de leitor: o habitante que intervém, que vivencia, o “vivenciador”, e não um mero espectador que contempla alienado o que está em sua volta. Um convite para que todos possam experimentar a cidade e atuar como verdadeiros cidadãos.

imagem: Uma zona experimental para a deriva. O centro de Amsterdã, que foi explorado sistematicamente por equipes situacionistas em abril-maio de 1960.







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