quinta-feira, fevereiro 21

sobre perdas

Não faz muito tempo ouvi minha mãe dizer que já fui uma pessoa menos amarga. Escutei palavras parecidas de alguns amigos próximos que leram meus textos. Mas só me sinto mais velho, mais crítico. E menos crédulo, menos inocente. É difícil não perder a inocência quando se percebe que perdas são inevitáveis. Aprendi cedo a lidar com certo tipo de perda, aprendi cedo a lidar com a morte. Hoje até consigo enxergar beleza na morte, e lido melhor com ela do que com certas perdas do dia-a-dia: as amizades que se perdem pela distância, os amores eternos que não resistem ao tempo e as diferenças, a esperança de mudar o mundo que se transforma no simples desejo de comprá-lo... A morte não, ela é inexorável, natural, e sim, dona de uma beleza peculiar, existe candura na dor de quem perde alguém pra morte, já as pequenas perdas, essas são desprovidas de beleza, e suas dores são dores impregnadas de amargura.

2 comentários:

Anônimo disse...

Se mata não, baluuuuco!
Essa deixa é minha!!
Hahahhahahahhaa!

Daniel Magrão (Sorrindo for real) disse...

É bulek...

A vida que agente vive não é nossa...

agente só pode perder o que agente acredita ser nosso...
e fora um pensamento ou outro nada é nosso.

sorriso grande...
si fode aí... e precisando tamo por aqui...